sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

As representações estudantis nas telenovelas.




Ainda que se trata de um núcleo de representação das tensões nos cotidianos de uma escola pública, de periferia, o capítulo de ontem, 16/01/20, da novela Amor de mãe, de Manuela Dias, rede Globo, me chamou à atenção para as reescrituras midiáticas contemporâneas: A reação dos estudantes à decisão de fecharem sua escola, devido a uma manobra do vilão Álvaro (Irhandie Santos), ao subornar a diretora, Eunice (Dida Camero) e facilitar um tiroteio dentro do colégio, com o ferimento da professora Camila (Jéssica Éllen), por uma "bala perdida", termina com a sua ocupação, um emblema dos movimentos estudantis, em 2016, que respondem aos interesses empresariais, má gestão, violência, num ato de desobediência civil. O capítulo programado para ir ao ar na noite desta sexta, a truculência e a ação violenta da Polícia, com os alunos filmando e presença de repórteres no entorno, ao invadir a escola para tirar os alunos e professora será o núcleo das ações dinâmicas de ação. Longe de se tratar de uma denúncia ou, ainda, de alteração do quadro vigente, a emissora continua apostando no confronto direto com as atuais políticas ultraconservadoras, ainda que ameaçada de não ter sua concessão renovada pelo governo, além das atitudes odiosas do presidente da república com os repórteres da emissora e outros não alinhados com a sua ideologia.https://gshow.globo.com/…/camila-e-agredida-pela-policia-ao…