sábado, 17 de dezembro de 2022

Promessas, planejamento e propósitos. Corridas: o prazer pela longevidade (Episódio 11/22)

Ainda não foi desta vez que cumpri minhas promessas feitas na festa da virada de ano, pra 2022, como todo brasileiro faz todo ano. 

Não vou correr a São Silvestre, não fui na 2a etapa da Nigth Run, perdi provas consideradas importantes como treino para corridas longas, como a S1K, o Circuito das estações Verão, a corrida do  Rio Antigo, pelo corredor histórico e cultural de minha cidade.

No saldo deste ano que termina, considero importante ter tocado, ainda que bem menos que poderia, o meu violão e ainda consegui nadar algumas vezes. Cuidei bastante do nosso jardim,   li bons livros, visitei minhas filhas e as abracei muito na casa delas e no aniversário do irmão delas aqui em casa. O WhatsApp, apesar dos pesares, tem nos ajudado muito em nossos laços e enlaços.

Ou seja, tem muito mais ganhos do que perdas neste ano quese finda: só o fato de a nossa contribuição aqui em casa pra restituir a democracia e evitar uma tragédia social já seria suficiente pra declarar 2022 um ano vitorioso, sem desprezar as mais de 692 mil mortes pela Covid 19. 


Não há mal que sempre dure, ensina a sabedoria popular. Tudo é inconstante, e a morte é uma certeza, diz o budismo, mas dói muito a perda de tantas vidas, ainda que desconhecidas, tanto quanto de quem nos é próximo: quem não vivenciou a dor e o luto pela partida de algum parente ou conhecido pela pandemia, cujo ritmo de vacinação segue lento, devido ao negacionismo, e ações políticas do governo,  ora despejado de Brasília: a ausência de empatia demonstra uma insensibilidade atroz,  talvez alguma forma de sociopatologia.

É muito triste ver num país como o nosso, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, 33 milhões de pessoas passando fome, somando aos 9,5 milhões de desempregados, fechando o ano com um déficit orçamentário de R$ 231 bilhões,  resultado de um governo despreparado e ineficaz. 

Mas, há, também, o que comemorar: a vitória da Argentina, de Messi, na Copa do Mundo e a derrota de um time, com alguns jogadores estrela, bem mais preocupados com o dinheiro e a fama que com qualquer outra coisa, além do futebol bonito, bacana e gostoso de se jogar, - haja vista a ausência no enterro do Pelé, - também conta positivamente. 

Destaque positivo para declarações de alguns jogadores conscientes de que existe uma outra luta, bem maior - a luta de classes! Não somos e nunca seremos uma pátria de chuteiras!

As risadas dos memes, pós eleição, no Brasil, também contribuíram muito para a nossa alegria depois de 4 anos de profundo pesar, traumas e perdas, o que, milagrosamente, tem sido revertido pela esperança que assola o povo brasileiro.

Empenhei-me na minha saúde integral de corpo, alma e espírito. Ortopedista e nutricionista esportistas, cardiologista,   psicoterapeuta, exames e testes "ok" e voltei a me empenhar no fortalecimento muscular nos dias em que não corro. 

As práticas de autoconhecimento, a terapia e a filosofia zen budista tem me ajudado bastante na minha jornada para relacionamentos saudáveis.

Árvores dando frutos, grama bem cuidada e aparada; meu filho, com quem tenho brincado muito , formado na creche e indo pra pré escola; minha esposa, formada e começando uma segunda graduação.  
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Minha paixão declarada pelas corridas tem estimulado alguns e algumas colegas a abandonarem o sedentarismo. Minha filhas indo bem no trabalho, meu afilhado empregado, parentes próximos tendo feito cirurgias complexas com sucesso. 

Todo sábado, dia de folga na minha planilha de treino, num encontro com alguns novos amigos conheci um tatuador e falei pra ele do meu propósito em fazer uma tatuagem na batata da perna de 42 K ao completar a minha primeira maratona neste meu retorno às corridas de rua., depois de mais de 30 anos longe das pistas. 

É que, encerrando o ano, após um treinamento estoico, com pace 6.0, fazendo 10 k em aproximadamente 1 hora, com certa tranquilidade, ritmo e fôlego confortáveis, sem outras dores musculares além das que todo corredor convive obrigatoriamente, me sinto seguro pra enfrentar este desafio, indo além, agora, disputando - comigo mesmo! - na categoria dos veteranos, acima dos 60 anos.

Os planos pra 2023, pensando no meu propósito, a longo prazo, em busca da longevidade saudável,  contém diversas corridas, mas tudo depende do planejamento em meio a negociações,  flexibilização e muito diálogo com familiares, companheiros e com quem convivo, trabalho e treino, pois planejamento feito sozinho têm grandes probabilidades de fracassar. 

Os resultados continuarei publicando aqui para estimular práticas e hábitos saudáveis, principalmente, para as corridas de rua. 

Muito mais do que promessa, planejamento e propósito, acho que escrever sobre o que gostaria que acontecesse não só me motiva como me faz construir caminhos, encontrar facilitadores e aproveitar oportunidades para realizar o que se fizer necessário, bom e útil pra mim e para aqueles que eu amo e com quem mantenho relacionamentos, em busca de longevidade saudável e harmonia comigo mesmo, com outras pessoas, com a natureza e outros seres.