Bom dia, pessoal! Para quem se interessa por Análise Crítica do Discurso (ACD) e tem acompanhado a CPI da Covid, o depoimento de Mayra Pinheiro, a capitã cloroquina, no dia 25, me deixou impressionado a respeito de como é possível aproveitar um enorme espaço midiático como palanque, simplesmente, falando exatamente, a uma grande parcela da população brasileira que, por diversos motivos, não dispõe dos esclarecimentos necessários, tampouco, de condições suficientes a fim de perceber as estratégias discursivas para o convencimento.
Não creio em revoluções como nas dos séculos passados, tampouco na política institucionalizada, mas, pensando não só no tanto que eu e parte da minha geração lutou e resistiu para que tivéssemos uma Constituição que acreditei democrática, - muito mais por não conhecer a sua funcionalidade na manutenção do status quo -, assim como para garantir algum tipo de freio e contrapeso no modelo presidencialista de coalizão, quando se encerra a "Abertura Política" (1964-1988), entendo que isto que se autodenomina oposição continua produzindo discursos somente para os seus semelhantes.
O título deste post é uma paráfrase de uma inteligente constatação do memorável escritor e tricolor Nelson Rodrigues: "Os idiotas vão tomar conta do mundo, não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos."
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