"Como estava no piloto automático, se alguém me dissesse para continuar a correr talvez eu fosse além dos cem quilômetros. É estranho, mas, no fim eu mal sabia quem eu era ou o que estava fazendo. (...) Nessa altura, correr adentrara o território da metafísica. Primeiro, vinha a ação de correr, e acompanhando-a estava essa entidade como eu. Corro, logo existo." Haruki Murakami, Do que eu falo quando falo em corrida (2010, p. 99)
sábado, 4 de setembro de 2021
A origem da família, da propriedade e do Estado
Esta obra tem no Estado o desaguadouro de sua análise histórica e, em torno do problema estatal, muito do seu vigor e das críticas que recaem sobre seus apontamentos. Tal como fez com a família, ao dessacralizá-la, Engels rechaça uma leitura idealista do Estado. Temos aqui uma arma de combate contra os que insistem em afirmar supostas moralidades dos costumes ou apregoar a submissão à ordem capitalista e ao domínio estatal, tidos como auge da civilização. É a crítica da história da exploração contra os que, até hoje, teimam em louvar tradição, família e propriedade (Alysson Leandro Mascaro).
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