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"Como estava no piloto automático, se alguém me dissesse para continuar a correr talvez eu fosse além dos cem quilômetros. É estranho, mas, no fim eu mal sabia quem eu era ou o que estava fazendo. (...) Nessa altura, correr adentrara o território da metafísica. Primeiro, vinha a ação de correr, e acompanhando-a estava essa entidade como eu. Corro, logo existo." Haruki Murakami, Do que eu falo quando falo em corrida (2010, p. 99)
2 comentários:
O poeta conta a história de um operário da construção civil que morreu devido a um acidente de trabalho, falando de sua vida simples e retratando sua condição humana. Enfatiza como foi o último dia de vida desse homem por dois pontos de vista (o dele e o dos demais) ao inverter a ordem das mesmas palavras nos versos. Repare que o ritmo da composição (se escutar a música vc percebe) é reto, lembra uma ascensão em escada, anguloso como os tijolos da obra.
A alternância de palavras empregada com maestria no poema nos remete à ideia dos giros concêntricos do operário no ar, quando pode captar imagens de diferentes ângulos nos últimos minutos de vida. Grande Poema!
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