MINHA SEMANA DE TREINOS
08/01/23 (primeiro dia) - longão. Como já havia obtido a marca necessária conforme meu planejamento para 2022, após uma semana de repouso pelo estresse da fadiga muscular, acúmulo de ácido lático, normal entre corredores de rua, decidi começar com um volume menor que o obtido no último dia do ciclo de treinos anterior, partindo dos 12 km.
Fui dormir no meu horário regular tendo um lanche feito de carboidratos e proteínas - stocks com tahyne e ricota - seguida de uma deliciosa sopa de feijão com crutons de apoio na air fryer. Estava chovendo fino e fazendo frio o que me levou a dormir logo assim que deitei debaixo do cobertor.
Acordei às 4 da madrugada mais pela noite agradável e bem dormida nas minhas suficientes 6 horas diárias de sono noturno. É que compenso com a siesta, hábito herdado de família, dormindo uma hora depois do almoço, quando não estou trabalhando, claro!
Em silêncio, pra não acordar a família, fui preparar o café da manhã e deixar a mesa posta antes de sair pra treinar, como sempre faço.
Coloquei um ovo pra cozer enquanto passava o café, aquecia meia espiga de milho e uma caneca de leite integral.
Esperando o café passar, amassei duas bananas e comi com aveia integral, amendoim picado torrado e farinha de chia.
Minha intenção era, se não estivesse chovendo muito e fazendo muito frio, sair de casa perto das 5 para uma corrida de 1:20, com ritmo médio de 6:30 pra não começar forçando neste plano de aumento gradativo de volume e intensidade.
Como um colega da Efusivos Runner, "a pista estava chamando, o que era pura verdade!
A meta até 06/02 era de 83 km de corrida incluindo 2 dias de fortalecimento muscular em treinos funcionais e alongamento diário com um dia de repouso (sábado) e um treino regenerativo - os 5 km, leves, às segundas feiras, após o longão do domingo.
Me vesti com a roupa e o tênis que ja havia deixado separado na noite anterior e, por precaução, peguei um frasco de álcool e uma máscara ainda devido a Covid e variantes.
Liguei os aplicativos , ainda não deu pra comprar um bom relógio com GPA, - sonho de todo corredor apaixonado! - e saí de casa às 5:24, seguindo pela Estrada do Piaí em direção à orla, passando pelo Coreto de Sepetiba, na Colônia dos Pescadores.
Tanto o Adidas Running quanto o Runkeeper, da Asics, fabricante do meu tênis, alertavam que eu deveria segurar o ritmo, pois já estava aquém da meta logo nos primeiros kilômetros lembrando que a intenção não era diminuir o pace, mas, sim, manter o ritmo e o fôlego gradativamente em longas distâncias, a partir dos 10km.
Não fora os dois cachorros no retorno na Praia do Cardo - a última da orla de Sepetiba, que me fizeram correr de costas tentando proteger meus calcanhares, teria mantido o ritmo e os batimentos cardíacos (rs)
Mas, no final, me senti muito bem tanto pelo rendimento quanto por dispor de uma pista bem conservada e uma paisagem deslumbrante, mesmo com o tempo nublado.
Pace mínimo de 6:01 e máximo de 6:57 está muito bom pra começar com este primeiro longão de final de semana .
Ao chegar em casa, fiz a limpeza do tênis, e fui tomar minha ducha. Logo depois, fiz meu alongamento e fui tomar outro café da manhã, com minha esposa que acabara de acordar. Nosso filho continuara dormindo.
Comemos aipim cozido com azeite, passei outra garrafa de café e terminei a minha caneca, já com toda a família acordada. Já já vou cuidar do almoço, com o reforço nos carboidratos de um macarrão com creme: estamos em dieta... de engorda! Compramos uma nova balança: digital com leitura de bioimpedância. Minha companheira está fazendo ginástica!
09/01/23 (segundo dia) - treino regenerativo
Não diria que a noite foi tão agradável pra se descansar, apesar do friozinho gostoso e da ceia leve, no domingo, com direito a salgadinhos, pizzas e vinho.
Mas é que, as atitudes antidemocráticas e as ações de terror promovidas pelos vândalos que depredaram o Congresso Nacional e invadiram a Praça dos Três Poderes
O inconformismo da derrota nas eleições presidenciais é a barbárie no DF tornaram o final do domingo muito tenso pra gente aqui em casa e pra muitos amigos, companheiros e conhecidos nossos que lutamos para a eleição do atual Presidente da República.
Esperando a família acordar, ainda em férias, debelada a "revolta dos manés", tenho a certeza de que tudo está sendo providenciado pelas autoridades competentes, já que retornamos ao regime democrático e dele não nos afastaremos, jamais!
Acordei um pouco mais tarde hoje, pois sabia que o treino seria suave como planejado em um treino regenerativo que desempenha a função de relaxar as fibras musculares ainda tensionadas devido ao longão do domingo.
Além disto, tem a propriedade de remover o lactato, devido ao acúmulo de metabólitos, ou seja, de eliminar o acúmulo de ácido lático, responsável pelas dores e câimbras no pós treino.
As atividades físicas de grande intensidade e esforço exigem estas pausas no treinamento, com a rígida observância dos treino regenerativos, que tem como finalidade o descanso do metabolismo, 24 horas após o catabolismo pós treino (degradação muscular).
A periodização de treinos, conforme os professores Joao Vitor e Rafael Oliveira, no livro Periodização e Técnicas Avançadas de Força (2020). baseada no princípio da adaptação considera que o organismo passa por três fases, quando confrontado com um esforço elevado, catabolismo, adaptação e plateu, que, para ser ultrapassado, precisa de um outro estímulo, de maior volume e intensidade, conforme os objetivos.
Então, depois de fazer a minha habitual refeição, saí de casa um pouco mais tarde e, apesar de ter pensado num trajeto curto, não repetitivo, preferencialmente, num circuito plano, evitando a estrada, já que haveria veículos circulando naquele horário, desci direto pela rua do canal, a Avenida Ary Chagas - uma reta de um quilômetro, plana, com um leve declive, em direção à praia, contornando pelo coreto.
Correndo, pensei que poderia contornar o canal e, assim, obteria os dois quilômetros, completando os demais, dando uma volta na Praça Oscar Rossini. Mas, não tenho a menor afeição por circuitos repetitivos. Aliás, tenho aversão às rotinas, sejam quais forem!
O ritmo era tranquilo, como havia planejado e, na praia, estava com os meus 7m/k, o que seria o ideal durante todo o percurso. Completando os dois quilômetros pelo calçadão da praia, ao chegar na esquina da rua de acesso à Praça Oscar Rossini, iniciando o retorno pela Rua da Floresta voltando em direção ao canal.
Daria subir pela rua do canal, mas, em função do desgaste do aclive, ainda que suave, mas segui em frente, em direção à Base Aérea de Santa Cruz.
Como tenho treinado no mesmo circuito, correndo por quase todo o percurso, na orla de Sepetiba, devido à pista regular e, claro, a agradável vista da linha do horizonte encontrando com o mar, a brisa e as belas paisagens.
Não só isto: como conheço a distância relacionada a cada ponto que me chama a atenção, fica muito fácil eu saber quantos quilômetros e o meu ritmo ao passar por eles, o que é benéfico no acompanhamento do rendimento.
Para isto, em cada mesociclo a partir dos 10 km (12 km, 15 km, 18 km), recupero o mesmo trajeto do treinamento para minha última meia que eu completei no ano passado, que foi a Meia da Reserva, procurando repetir principalmente toda a extensão da orla como prioridade, deixando a volta pela Estrada do Piaí, como "reserva", em caso de não completar a distância necessária.
É que, nesta época do ano, como a estrada não é arborizada, é o trajeto de maior incidência do sol, sem contar com o trânsito: ainda que bem cedinho, já tem vans circulando junto com motocicletas e alguns carros se deslocando em direção à Santa Cruz.
O fato é que não considerei esta minha decisão e não me lembrei de já ter feito um excelente treino regenerativo há bem pouco tempo correndo estritamente pela orla, ida e volta e, então, copiei integralmente o trajeto que incluía retornar pela entrada da Base Aérea o que não foi nada agradável, assim como em nada contribuiu para que eu "relaxasse", como tem que ser feito no treino regenerativo após um longão.
Comprometido com as lutas sociais, herdando a formação e a consciência de classe da minha família, professor e antifascista, lutando pelos direitos humanos, e pelo fim dos privilégios de quem acumula as grandes riquezas expropriadas dos trabalhadores, não seria estranho eu pensar em outra coisa a não ser nos prejuízos à democracia promovido por um governo de exceção, ditatorial, como nos anos de chumbo da ditadura militar.
Da mesma forma, claro que seria esperado eu refletir, diante daquelas placas, da ameaça de que nos livramos com a derrota de um governo, cujo ex presidente indiciado por estímulo aos atos considerados golpistas e terroristas, assistidos e repudiados por todo o mundo democrata, com a invasão do Congresso Nacional e depredação do nosso patrimônio, com enormes prejuízos materiais à cultura, à história e à memória.
O ex presidente, ora nos Estados Unidos, por conta de internação devido a dores abdominais, nada pronuncia a respeito das atitudes criminosas dos seus apoiadores, muitos deles, devidamente presos pelas forças de segurança em Brasília, graças às rápidas ações tomadas pelo nosso presidente Lula e de todos os parlamentares indignados como a maioria dos cidadãos brasileiros.
Claro que não ultrapassei o perímetro demarcado da área militar, ali contornando em direção, novamente, à Praça Oscar Rossini.Conseguindo deixar estes pensamentos no seu devido lugar, voltei a pensar na corrida e, no retorno, já estava passando em frente ao reduto da boemia sepetibana, o Bar do Bill, seguindo adiante, mantendo o mesmo ritmo, e passando em frente à Igreja de São Pedro, na praia de Sepetiba.
Entretanto, apesar da minha desconfiança, não precisei ganhar mais alguns metros a percorrer, pois, ao passar em frente ao canal, o GPS já marcava os 4 k e, faltando apenas 1 k, retornei em direção a minha casa, entendendo aquele, o circuito ideal para os próximos treinos regenerativos. água, tomei uma ducha e fiz o alongamento necessário.
Agora, é tratar de repor as calorias perdidas - ainda que poucas, creio! - e começar o dia.
10/01/23 (terceiro dia) - fortalecimento muscular
Mais ainda que ontem, acordei bem mais tarde: não estabeleci uma rotina de treino funcional, apesar de saber necessária pro treinamento pra maratona.
Nas duas meias corridas em 2022, até que fui direitinho com os exercícios, mas, como aquela rotina de repetições me cansou tremendamente, decidi alterar significativamente usando o pacote de treinos de fortalecimento, equilíbrio e alongamentos da Adidas Running, com a novidade de fazer as séries programadas semanalmente brincando com meu filho, normalmente, à noite.
Hoje fiz uma série de 20 minutos com 3 repetições de polochinelos, exercícios para os braços, pernas e abdômen com ritmo intenso e me senti muito bem.
11/01/23 (quarto dia) - 10km forte
"...mas são só 10km ! ", pensava alto logo que comecei a correr já prevendo o esforço que teria que empenhar pra, não só manter o ritmo, como, aumentar a velocidade.
Tinha que fazer os 5 quilômetros em meia hora. Ocorre que este "tinha" não seria naquele dia, pois ainda estava na primeira semana de treinos e isto seria pra daqui a duas semanas. E olhe lá!
Se eu ficasse na marca dos 10 quilômetros em "mais ou menos" uma hora eu concluiria a Meia em pouco mais de duas horas. No máximo, passaria uns 10 minutos.
A Meia da Reserva, em setembro de 2022, eu concluí em 2:03, com um ritmo médio de 05:51 e velocidade máxima de 14,1; A Meia Internacional, pouco menos de um mês antes, em 2:18, ritmo médio de 6:31 e velocidade máxima de 12,6.
Algo na metade disto já estaria muito bom para as minhas pretensões com a Maratona do Rio, na metade do ano. Ou seja, completaria em 2:11, com ritmo médio de 5,91 e velocidade máxima de 13,35 estaria excelente, pois teria baixado o meu índice, e, daí, teria alguns meses para manter este ritmo, podendo ganhar ou perder, mas, com certeze, seria muito bom.
"Seria", ou seja, "provavelmente", mas, entrando um pouco no aspecto da minha personalidade, uma criatura tão ansiosa como eu, logo no começo da corrida já estava pensando no esforço que seria ficar abaixo do pace 6, no máximo, após o segundo quilômetro pois "seriam apenas 10 km!
Mas, enfim, completei a corrida em 1:02, com pace 6:13 e velocidade máxima de 11 k/h, já no primeiro dia de treino forte para os 10 km. Claro que tenho que tormar cuidadeo com com a fadiga muscular e as lesões provocadas pelo excesso de treino, mas, isto, vai do controle psicológico, do treinamento, fortalecimento muscular, alongamento, alimentação, hidratação. Ou seja, passou da hora de correr com seriedade, o que venho me esforçando há pouco mais de um ano, desde que voltei a correr e começar a correr com rigorosidade.
E isto exigirá acordar religiosamente às 4 hs da madrugada, pois pego no trabalho às 9hs e o nosso filho, às 7 hs durante toda a semana. Ou seja, às 6 hs, não só tenho que estar de volta, mas, tomado a minha ducha e feito o alongamento em 4 dias da semana, pela manhã.
Os dias de fortalecimento muscular, na terça e na quinta, tem como fazer os exercícios em qualquer momento do dia o que, juntando a segunda feira, de regenerativo e o sábado de descanso, não será, assim, tão "sacrificante", ainda mais com um objetivo tamanho que é completar uma maratona inteirinha - e inteirinho! - não só aos 66 anos de idade, mas, tendo voltar a correr maratonas depois de mais de 30 anos. E com o foco em manter aquele índice daquele rapaz de seus trinta e poucos aninhos.
Estranho isto de eu não ter me dedicado a outros esportes e, ao contrário, me ver tão aficionado pela corrida de rua. Não sei se ponho na conta do meu biótipo, da falta de tesão, das oportunidades ou de qualquer outra motivação de ordem fisiológica ou psicológica, sem desprezar, claro, o fator econômico.
Na minha adolescência, apesar do estímulo à educação física dos governos militares nos anos 60 e 70, como fiz todo o ensino médio, antigo segundo grau, estudando à noite, porque sempre trabalhei durante todo o dia, fui dispensado das aulas de educação física, e, diga-se de passagem, elas existiam apenas "no papel", pois, não me lembro de jamais ter visto ou assistido a uma aula sequer de prática esportiva.
Meu irmão mais novo tinha uma caloi 10 e, de vez em quando, eu passeava com ela, mas, como ele passou no vestibular para uma outra cidade e precisou sair de casa, deixei de andar de bicicleta. Naquela época, deixei de pegar jacaré em prancha de isopor e consegui comprar a minha primeira prancha de surf, esporte que pratiquei até eu me casar: fui morar distante da praia.
Alguns anos depois, comprei um caiaque, contratei uma professora de canoagem e passei a remar na lagoa Rodrigues de Freitas e na Praia Vermelha, na Urca. Quando viajava com a família, minhas filhas adoravam passear de caiaque.
Na faculdade, nos anos de 1980, também trabalhava e estudava à noite, tendo sido dispensado, o que, na época, me frustrava bastante pois, estudando na UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, quando não estava em aulas, costumava visitar o pólo esportivo e ver alguns alunos jogando basquete, futebol, correndo... e isto durante à noite.
No meu primeiro casamento, conheci o tae kwon do , uma arte marcial coreana que usa bastante os pés, os saltos e os socos, e passei a me dedicar com afinco àquela atividade. As dores na coluna me fizeram abandonar a luta na penúltima graduação - faixa vermelha ponta preta!
Mas, hoje, aprendi com o corredor maratonista e triatleta Karuki Murakami que as dores são inevitáveis. O sofrimento é opcional!
Mas, com o Dr. Drauzio Varela, já havia aprendido a não colocar na conta das dores inevitáveis da idade a falta de motivação para as corridas de rua o que me fez pensar - e fazer por onde! - pra voltar a correr.
Claro que bem antes, escritores como Julio Verne, A Ilha Secreta, Hernest Hemigway, com O velho e o mar" e Amyr Klink, com "Cem dias entre céu e o mar " me serviram de estímulo, tanto quanto os clássicos A Odisséia , A Ilíada, Dom Quixote e Os Lusíadas.
Afinal, a corrida de rua pede muito menos que toda aquela bravura, diga-se de passagem, romanceada. Ela pede muito pouco, aliás: apenas a vontade de correr e isto, eu tenho de sobra, além de um par de tênis!
12/01/23 (quinto dia) - fortalecimento muscular
Sem sombra de dúvida, fazer exercícios ao ar livre motiva, inspira e rende muito mais! E foi com este espírito que hoje abri a porta e fiz a minha série, mas, com algumas adaptações por causa de uma dor nas costas que arranjei nos últimos dias.
Em primeiro lugar, achei que foi por causa de um exercício diferente que forçou a musculatura das costas, mas, pensando melhor, atestei aos movimentos de poda que venho fazendo no nosso quintal, além, claro, de brincar com o meu filho intensamente.
Mas, pela manhã, com todos dormido a mistura do canto dos pássaros com algumas e vozes de vizinhos tornaram a série mais do que agradável.
Pensei no quanto o cuidado com as plantas, com o quintal e a grama me faz tão bem quanto às corridas. Tanto correndo sozinho, quanto à jardinagem me devolve a paz e a serenidade tão bem-vinda.
A observação de um ramo a ser cortado, a inspeção para ver se há alguma praga, a limpeza das raízes, adubação, transplante de mudas e troca de vasos acompanha um movimento que medeia entre a razão e a paixão.
Não é diferente com as corridas que pede todo um trabalho de concentração, mas, jamais deixa de ser uma brincadeira séria.
Minha esposa divide comigo os cuidados com o nosso jardim e hoje, em especial, passamos quase o dia inteiro cuidando dele. E, ao final do dia, jantamos uma panqueca de ora pronobis nutritiva e deliciosa, para uma noite chuvosa.
13/01/23 (sexto dia) - 10km leve
Às vezes, mudar os caminhos pode ser uma solução.´
E isto eu posso aplicar em muitos momentos da minha vida, desde que decidi, nos meus 20 e poucos anos pela minha profissão, assim como, ainda na adolescência, pela minha opção político-ideológica e espiritual.
Também, a decisão de largar o sedentarismo e voltar a correr depois dos 65, a fim de acompanhar o pique do meu filho, de 4 anos de idade.
Hoje foram aqueles cachorros que tentaram me morder no começo da semana. Lembra?!
Então... já na no final da orla, chegando aos 5 m, contornando na rua Abílio Teixeira de Aguiar, na praia do Cardo, olhei o ponto onde havia sido atacado pelos amigos nervosos. Pelo horário, o encontro seria inevitável...
Nem pensei duas vezes para seguir em frente, subindo aquele que seria o maior aclive da semana, de 11 m, pra dar a volta pela rua de trás. Assim, não só evitaria o confronto como, também, garantiria o trajeto ideal, voltando pela rua do canal, fugindo do movimento e do trânsito da hora.
E, não foi diferente: ao completar o contorno, já avistando a praia, olhei à esquerda e os cachorros estavam exatamente no mesmo ponto, prontinhos reforçar o café da manhã com um naco da minha canela.
Pode ser por oportunidade, possibilidade, facilidade. Mas, sempre precisei decidir e fazer uma escolha. Nem sempre foram as melhores, claro rs
Mas esta, com certeza, foi muito boa, não só por ter me livrado de umas dentadas na perna, como, também, por ter decidido pelo trajeto ideal pra completar os treinos semanais de 10 km: o forte, da segunda feira e o leve da quarta.
Ter decidido pelo magistério também foi uma excelente decisão, pois esta é uma profissão com quem tenho feito muitas amizades além de que os dias de trabalho, o lugar e os horários, além de flexíveis, são de relativa negociação.
Há mais de 40 anos lecionando, hoje, trabalho bem menos que trabalhava, e bem mais perto de minha residência, quando completei minhas duas primeiras maratonas o que entendo ser um facilitador para que eu tenha como completar outras provas longas, mesmo tendo passado tanto tempo.
A instituição em que trabalho dispõe de parque aquático com atividades facultadas tanto aos estudantes, professores e comunidade. E de lá que tenho recebido estímulo, incentivo e aconselhamento dos professores de educação física, dois deles, inclusive, também são corredores.
Ao terminar as férias, pretendo associar os exercícios para o fortalecimento muscular com as aulas de natação, na piscina do meu trabalho, nos dois dias destinados a estas atividades ou, ainda, alternar entre a natação na terça feira e os exercícios funcionais na quinta. Mas isto, vou decidir ao retornar as aulas no mês que vem.
A minha associação (Appai - Associação Beneficente dos Professores Públicos Ativos e Inativos), disponibiliza entre os seus associados um grande leque de opções de atividades de lazer e, dentre eles, o benefício corridas e caminhadas.
Assim, posso desfrutar, o ano inteiro do calendário das principais corridas no meu estado, incluindo, as do calendário oficial, apesar das inscrições limitadas aos seus associados e dependentes.
Ao contrário das estatísticas sobre o adoecimento profissional dos meus colegas, entendo que, ao escolher as salas de aula como lugar em que passaria boa parte da minha vida trabalhando foi - e continua sendo! - uma atividade prazerosa que contribui, também, para a minha longevidade, apesar de todo o risco da nossa profissão.
14/01/2023 (sétimo dia) - descanso
Surfando na onda do esforço de ontem, hoje é dia de ficar de boas (rs). Descanso, descanso e descanso, além de muito macarrão pra enfrentar o longão dos 15 km de amanhã.
Compramos uma balança de bioimpedância como estímulo para o nosso propósito de ganhar peso, o que é um baita desafio pra uma magrela e outro magrelo como somos eu e minha esposa.
Fiz uma primeira medição há dois dias e, amanhã, antes de sair de casa faço outra e repito assim que retornar com grandes possibilidades de emagrecimento, claro!
Mas, tendo aproveitado bastante a sexta feira, com direito a churrasquinho vegetariano e uma latinha de cerveja, pra gente e piscina com sorvete e esquibunda (escorrega dentro da piscina) para as crianças foi tão prazeroso quanto termos cuidado do jardim no dia anterior e noites super agradáveis com temperaturas amenas.
O verão, por aqui, é marcado por fortes tempestades que, apesar de intensas, são rápidas e, logo, volta o sol mais intenso ainda. São as famosas chuvas de verão que antecedem as "águas de março" que fecham a estação, mais de acordo com a famosa canção do que, propriamente, o clima que tem sofrido bastante alterações
Ontem à noite, inclusive, com a temperatura bem agradável, nos demos ao luxo de assistir a um filme que terminou relativamente tarde o que me fez ficar na cama até às 6 hs, o que é muito difícil durante a semana.
Antes de sair pra encontrar com alguns amigos, fiz um macarrão com molho verde (ora pro nobis), acompanhado de feijão e antes de voltar pra casa, comi um pastel com caldo de cana, pra não passar de três horas sem me alimentar.
Agora, é tomar uma latinha de cerveja, ver alguma coisa na televisão e preparar o jantar pra garantir o que acho que vou perder amanhã.