Mais de seis meses se passaram desde que entramos em isolamento social, eu, Ana e José em nossa casa, devido à pandemia do covid-19. Apesar do prejuízo afetivo do afastamento de nossa família, amigos e colegas, eu e minha companheira acho que acabamos criando uma rotina que minimizou os traumas, entre lives, redes sociais, telefonemas...

Nosso vizinho tem um menininho um tantinho maior que nosso filho e, como eles não podem se encontrar, quando José ouve a voz dele ou escuta ele correndo, chama ele pelo nome e, apontando para o muro me diz que é o menino.
Isto sem contar as vezes que ele se refere ao primo, também, afastado dele, ou seja, José, neste período tão delicado e sensível do seu crescimento e amadurecimento psíquico socioemocinal, incluindo, aí, todo o start de sinapses, maturação e crescimento dos neurônios.
Sabemos que, associado à atividade física, a creche estaria dispondo de todo um trabalho profissional de qualidade inigualável e responsabilidade ímpar com o nosso filho, da mesma forma que sabemos da extrema necessidade do sociointeracionismo na construção do pensamento e estruturas cognitivas para o desenvolvimento integral das crianças, nesta idade, o que aumenta, além do nosso amor pelo nosso filho a nossa responsabilidade em dar o nosso melhor para ele.
Junto a todas as demandas que sempre existiram, agora, nos vimos empenhados a outras novas que exigem atenção especial para o nosso cuidado e daqueles que tanto amamos, tornando o nosso dia a dia menos tenso diante deste futuro tão incerto que se nos apresenta mas, com um diferencial esperançoso de estarmos dando o nosso melhor, assim como tantos pais, mães e responsáveis, conscientes e esclarecidos sobre os perigos do covid-19 que se encontram em situação semelhante com seus filhos pequenos dentro de casa. E sem o amiguinho.
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