segunda-feira, 5 de setembro de 2022

A Corrida Internacional de São Silvestre. Corridas: o prazer pela longevidade (Episódio 10/2022)

A Corrida Internacional de São Silvestre 


No dia 15 de setembro foram oficialmente abertas as inscrições para a 96a Corrida Internacional São Silvestre. Fui logo verificar o desconto pra minha categoria que é de 50% por lei. 

Ainda fiquei umas duas semanas pra me decidir por me inscrever apesar do incentivo do Sérgio  meu amigo da Efusivos, grupo de corridas de rua só de "canelas de ferro" .

No começo da semana, uma colega de 59 anos me disse, na sala dos professores, toda entusiasmada, que tinha uma boa notícia pra me dar. Ele mostrou a inscrição dela para a São Silvestre. 

Mas, o que ela frisou foi a palavra "atleta ", muito mais que  propriamente, a inscrição. Há uns quatro meses, ela havia me falado que eu estava estimulando ela a caminhar . Logo depois, ela passou a pedalar longas distâncias e, agora, vai correr a São Silvestre. 

Fiquei sem correr um bom tempo depois da Meia da Reserva, tanto devido a uma dor no calcanhar e na anterior da coxa  quanto pela minha preocupação com o meu baixo peso .

Até que o Drauzio Varela, mais uma vez, me tirou da inércia. Comprei as passagens!

Comprei  não: retirei pela gratuidade por lei federal. Agora falta inscrição e estada. Vou ver com o nego. 

Enfim, voltei às ruas muito mais pela Maratona Internacional de São Paulo, em abril de 23 que propriamente pela São Silvestre. 

Não por falsa modéstia e muito mais pra manter o volume de treino: afinal, são apenas 15 k e eu já havia acumulado duas meias, duas se 10k e uma Nigth Run .

Entretanto, no final de outubro, devido à cobertura vacinal que volta a cair, à falta de  vacinas e ao negacionismo, os casos de Covid com novas variantes voltam a crescer e o governo do estado do Rio de Janeiro orienta o uso de máscaras e o retorno aos protocolos sanitários .

Decidi, definitivamente, não participar da prova e cancelar as passagens e  a reserva no hotel, assim como não  compareci a duas outras provas em que havia feito inscrição: circuito estações verão e Rio Antigo pela Appai.

Como me esqueci de anexar o comprovante da justificativa numa delas, recebi a sanção de 60 dias pela Appai-RJ. Ainda bem que as corridas que me interessam pela associação acontecem depois de maio. 

A Corrida de São Sebastião do Rio de Janeiro, no dia 20 de janeiro, dia do padroeiro da cidade, não tem inscrição pela Appai-RJ.

Como esta será minha primeira corrida em 2023, cujo planejamento ainda estou fazendo, e somente me decidi por não correr a São Silvestre faltando pouco, mantive o meu programa de treinos e, decidi fazer os seus 15 por aqui mesmo, no mesmo dia e horário. A falta do desafio final da Brigadeiro vai ficar pra próxima. 


Corridas e processo terapêutico. Corridas: o prazer pela longevidade (Episódio 09/2022)

Corridas e processo terapêutico 

Sobre a endorfina 

Correr é fugir dos problemas?

Da terapia pro cardiologista. Do cardiologista pro ortopedista. Do ortopedista pra nutricionista 

Só não consigo dar bom dia pra passarinheiro. 

A Meia da Reserva. Corridas: o prazer pela longevidade (Episódio 08/2022)

A Meia da Reserva 

Última semana antes de mais uma prova charmosa no calendário oficial de corridas do Rio de Janeiro. A orla da praia do Recreio dos Bandeirantes. 

Aproveitei todo o treinamento para a Meia Internacional do Rio e adicionei alguns elementos nas sessões. Mantendo o meu ritmo, creio ser possível concluir 
a prova em 2h20m, já que nos treinos leves e pesados de 10 km tenho realizado em 1h5m, com pace 6.40 ou 6.30.

A intenção é me preparar pra maratona em 4h20m, utilizando o mesmo método de treino atual - anabólise/catabólise/supercompensação - (Revista Contrarelógio, Rodrigo Bicudo...) associando a treinos para diminuir o pace. 

Também pretendo me esforçar mais na ingestão de água, tornar mais rigorosa a alimentação necessária e aplicar na musculação (Sesc, Vila Olímpica, Appai).

Isto sem contar a aquisição de um bom par de tênis, de um relógio para corridas e tabela de treinos, elaborado junto ao professor de educação física da FAETEC, o Franco, onde trabalho. 

Como o circuito já é bem conhecido meu, apenas assisti a um vídeo e tenho procurado obter informações sobre transporte coletivo, já que a prova acontecerá no domingo e pensei na possibilidade em ir de BRT...

Na semana da prova, encerrei todo o treinamento para a corrida de maneira bem confortável  nos 10 km em 1:05 no mesmo circuito plano da Orla de Sepetiba que tem se mostrado útil e suficiente para treinos de provas de até 21 km.
No dia 15 de agosto, fui retirar o meu kit na sede da Appai, no Centro do Rio e curti muito o comentário do rapaz do atendimento: não sei se por gentileza ou deferência, ele começou perguntando se eu era de 21K.

Não perdi a oportunidade e respondi jocosamente que  se eu fosse um pouco mais jovem, certamente poderia ser de 5 ou 10 K. Aos 65 anos já posso me permitir os 21 rs

Ainda aproveitei pra confirmar a lounge pelo que ele não só confirmou como, também, apontando pra pulseira laranja presa no envelope do meu kit que teria também massagem , guarda volumes...

Era tudo o que eu precisava pois sairia muito cedo de casa e, se estivesse frio, teria que ir de agasalho. Massagem sempre é muito bem-vinda, ainda mais depois de correr a metade de uma maratona . Mas o guarda volumes é imprescindível!

No corredor, passei por uma sala cuja porta estava aberta e pra minha surpresa e encantamento era uma loja com tudo que uma pessoa apaixonada por corridas deseja. 

Uma parede inteira de tênis de corrida, meias de todo tipo, videiras, pochetes, latas de leite. 

LATAS DE LEITE?!

COMO ASSIM?!

Foi assim... Acordei as 3hs, passei o café, apenas tomei água e fiz minha higiene. Ainda na dúvida se desistiria  pra ficar com meu filho  que estava com febre, mas pretendendo voltar cedo, acordei as 3, peguei a bike pedalei até o ponto de ônibus às 4 da madrugada,  pra pegar o BRT rumo ao  Recreio. 

José estava dormindo bem, junto com a mãe no quarto dele. Depois de uma viagem tensa  pra voltar logo e pra não me atrasar muito, ainda tive de correr até a largada  na praça Tim Maia, numa chuva torrencial. 

Fui o último dos 21 k a largar, e isto graças à CET-RIO que, por questão de segurança, pediu aguardar e  um rapaz me ajudar, já que meu chip perdeu o adesivo. Ainda mais embaixo de chuva, não seria demais que ele se soltasse do cadarço preso do tênis. Atrás do número de peito é bem melhor ! 

Como não iria disputar mesmo, ainda voltei alguns metros pra ver se achava...rs. Claro que não aconselho isto a ninguém! Sunds mais que era só eu recorrer aos organizadores o que fiz no dia seguinte. Fui adiante.  

Meias, tênis e roupa encharcados , logo nos primeiros km, mas a temperatura, na casa dos 18°, até que estava boa pra manter o ritmo dos treinos.
 
"Vai, Julio! " um, amigo gritou já no retorno. E eu, ainda indo... Claro que dá um baita incentivo, tanto quanto ser chamado de veterano pelo fotógrafo na chegada. 

No geral,  a prova foi boa. Pena não ter aproveitado o visual da orla do Recreio dos Bandeirantes. E, claro, não deveria ter perdido tempo procurando o chip, tampouco me esquecer de proteger meus documentos da chuva.

Mas o café com leite quentinho, o lanche e a massagem valeram quase tanto quanto a medalha . 

E, pra quem correu o tempo todo com vontade de urinar,  o banheiro químico é o Éden. Claro que nem pensei em concorrer ao sorteio.  

Ainda deu pra eu levar a medalha pro meu filho direto no hospital. A febre já tinha baixado, mas, por zelo e carinho, minha esposa trouxe pro médico.
Encerrar o dia com meu filho dormindo bem, uma boa refeição com direito a duas latinhas de cerveja, um demorado banho bem quentinho e a vitória do Fluminense exatamente contra o Flamengo, foi tudo de bom naquele dia. 

Mas, o que eu jamais poderia imaginar eram os resultados...
16° colocado na minha categoria  aos 65 anos e 3° na equipe da Appai, não dava pra acreditar. Foi quase um sub 2 ! Se arrependimento matasse, eu jamais teria voltado pra procurar o que quer que fosse!

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Perigos na pista. Corridas: o prazer pela longevidade (Episódio 06/2022)

Perigos na pista 

Até agora, só participei de uma prova com a Blue line,  pintada no asfalto, reservada à orientação dos corredores. No mais, o tangencimento nas curvas, ideal como estratégia, tão disputado, tem me levado a forçar mais uma perna que a outra. 

Dores na parte posterior de uma das cochas, não se dão apenas devido a sobrecarga, mas, também,  por causa de sprints, desequilíbrio ou fadiga muscular.

Foi assim que, ma corrida virtual do Dia dos Professores, no  mês de outubro, já no 8 km dos 10 da prova, novamente senti a fisgada na anterior da coxa esquerda. A dor foi tão intensa que fiquei na dúvida se terminaria a prova andando. 


Resolvi diferente: busquei abrir menos o joelho para diminuto a abertura da passada. Claro que acabei forçando a batata da perna. Mas conclui a prova com um resultado razoável pra minha situação. 

Claro que faço consultas ao ortopedista e, na última visita, além de me receitar um bom par de tênis, melhorar minha postura e me alongar bastante, me pendurando numa barra ferro o que tem aliviado bastante a base da coluna, além dos braços e ombros. 

Corredores de rua precisam atentar para buracos, poças dágua,  cachorros que latem e correm atrás da gente, desníveis, objetos nas ruas o que nos faz dividir nosso olhar entre os carros, bicicletas, pessoas, cães e gatos . 

Não sei se é privilégio de Sepetiba, mas, raros são os motoqueiros que, para fugir aos quebra molas, passan no vão rés ao meio fio.

Ainda fugindo das aglomerações devido à pandemia foi que numa curva, precisei subir na calçada repentinamente o que me fez sentir o calcanhar por muito tempo. 

Sentir conforto no desconforto, como diz o Rodrigo Bicudo, educador físico, me leva a pensar muito antes de consultar um especialista.

Correr olhando o chão força demais o pescoço e nos impede correr com a adequada postura, o que, pra quem já não é tão jovem, leva a, no final do dia, precisar de gelo ou bolsa de água quente. 

Num dos treinos fortes, de 10 km, me preparando para os 21 km, da Meia da Reserva, dentro de duas semanas, desconfiei do laço do meu tênis e desprezei a Lei de Murphy. 

Logo no começo, precisei dar um melhor aperto e pensei se não teria sido melhor dar um nó em cima do laço. Então, na metade do percurso, exatamente num dos trechos onde poderia desenvolver maior velocidade, senti o tênis solto no pé e tive que parar. 

Como miséria pouca é bobagem, um rapaz  que passou por mim, ainda fez um gracejo dizendo que assim eu perderia o ritmo. 
Fazer o quê, respondi pra ele, devolvendo o bom humor da brincadeira. 

À noite, aumentam os perigos, não só devido à pouca iluminação em alguns trechos  como também os faróis que nos cegam quando optamos por correr na contra mão. 

E nem estou falando da iminência dos assaltos ou possibilidade de atropelamento relógios caros, celulares com fone de ouvido chamam muita atenção o que nos torna presas fáceis para oportunistas.

Em nosso grupo de WhatsApp, alertamos mutuamente sobre trajetos perigosos, a que se acrescenta saber  que  o deslocamento no Rio de Janeiro de determinadas regiões,  ao centro ou zona oeste são tremendamente desaconselháveis. 

Sacar o celular do bolso ou da pochete pode aumentar o perigo. Melhor é mantê-lo no suporte de braço quando não se possui smartwhatch. 

Certa feita  correndo pela orla de Sepetiba , tirei o celular da pochete e  com ele não notei que vieram juntos os meus documentos que caíram no chão. Sorte minha que  outro encontrado corredor passou por mim e o achou e guardou. 

Algumas semanas, depois de eu ter cancelado os cartões e registrar a perda do meu RG, conseguiu fazer contato comigo, através das redes  e generosamente me entregou. 

Deus não joga dados com o universo e desconfio dss coincidências. Acho que existem leis de concausância.

Noutro treino, o longão do último domingo, retornando em meu circuito pra conseguir o volume necessário, vi uma carteira caída no asfalto e me abaixei pra pegar tentando diminuir a velocidade, mas  sem parar, o que estimei ser possível e tranquilo...

Ledo engano: não só me desequilíbrei, como voei, literalmente, caindo de peito batendo com o queixo no chão. 

Nem imagino como só quebrei o aro do meu óculos que, felizmente, estava dentro do bolso. E uma pequena escoriação no dedo da mão que, mais tarde, José, observador como ninguém, perguntou o que era aquilo. Minha companheira, dias depois, estranhou meu queixo inchado. 

Claro que eu teria que ter desacelerado mais até parar. Mas, a ânsia, tanto de não interromper o treino, como de aproveitar a oportunidade de retribuir episódio idêntico, me levou ao erro muito grave cujas consequências poderiam ter sido bem piores. 

Como diz o meu irmão: velho só morre de resfriado, queda ou camareira. 




quinta-feira, 1 de setembro de 2022

A 24ª Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro. Corridas: o prazer pela longevidade (Episódio 05/2022)

A 24ª Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro 

O maior evento de corridas


Saí de casa no começo da tarde do sábado e fui direto pra Marina da Glória a fim de pegar o meu kit, - que mais parecia uma cesta básica!   - retornando pra casa da Nathalia. 

Não me detive na Expo Atleta, a feira de artigos esportivos porque pretendia chegar cedo na casa de minha filha, além de que não haveria motivo pra gastar dinheiro com supérfluos, ainda mais nestes tempos de preços altos que o brasileiro vem amargando há muito! 

Aliás, uma das coisas boas da Appai, reside nas inscrições de seus associados nas principais corridas do calendário oficial do Rio de Janeiro, o que tem gerado muitos elogios até de quem não é beneficiário daquela associação de professores e profissionais da educação.

De lá, no dia seguinte, iria pro Leblon, local da largada alterado naquela edição da 24ª edição da Meia Maratona da Cidade do Rio de Janeiro, no domingo, 21 de agosto de 2022. 

O pelotão geral, do qual eu faria parte, largaria às 7h15m pelo procurei chegar com uma antecedência de, no mínimo 40 minutos, o que consegui realizar pois, diferente de outras áreas do Rio de Janeiro, o transporte público, na zona sul, funciona a contento, mesmo nos finais de semana.

O glamour daquela prova, segundo a imprensa, tem tudo a ver com o cenário, "de tirar o fôlego", segundo a matéria do jornal O Globo, sendo uma das provas que mais atraem corredores de todo o país, com os seus 21 km pela orla da Cidade Maravilhosa, com largada no Leblon e chegada no Aterro do Flamengo, na praça Cuahtemoc, na Glória. 

Realmente, conforme o noticiário, o esmero e o capricho da organização daquela prova despontava, principalmente, na infraestrutura. 

Sua organização contaria, além dos postos de hidratação durante o percurso, com distribuição de água e isotônicos e torrones, oito postos médicos, todos com ambulâncias e UTIs, cinco postos com banheiros químicos, incluindo ônibus guarda-volumes.  900 pessoas, distribuídas pela largada, contribuiriam para o sucesso do evento somando aos médicos, paramédicos, socorristas, agentes de trânsito e demais órgãos públicos necessários à prova.

A Meia Maratona do Rio, segundo o site oficial, a mais bela do país, possibilitaria a obtenção de tempos baixos devido ao seu rápido percurso, o que verifiquei durante toda a prova, principalmente, devido à velocidade imprimida nas curvas e em seu trajeto quase que exclusivamente plano, com poucas subidinhas. 

Sua suspensão, desde 2019 devido à Covid dotava sua realização de uma atração diferenciada tamanha a ansiedade de quem conseguiu realizar a inscrição o que logo percebi no local da largada, no cruzamento das avenidas Delphin Moreira com Borges de Medeiros

Apesar de já ter participado de algumas corridas de rua importantes no calendário esportivo, aquela seria bem mais concorrida. 

Estávamos retornando de um longo período de afastamento devido à pandemia. Sorrisos escondidos pelas máscaras. Muitos abraços e apertos de mãos de velhos e novos conhecidos . Como é bom dar bom dia, principalmente, a pessoas desconhecidas!

Nathalia não só me promoveu uma agradável noite de iguarias calóricas, mas, também, deixou o café preparado e uma marmitinha com um delicioso e nutritivo sanduíche

De sua casa no Andaraí, fui de ônibus,  até  o Leblon, ponto final da linha, local da largada, chegando num horário bem confortável e tratei de procurar pelo guarda volumes da organização. 

Surpresa para este dinossauro aqui: uma fila interminável de ônibus amarelos, com o indicativo dos números de peito no para brisas, ao final da área reservada para a largada.

Coloquei o meu agasalho preto sobre a camiseta oficial, o boné do Fluminense que ganhei pelo dia dos pais, já com o número de peito devidamente, colocado com os alfinetes e entreguei meus pertences à recepcionista, na porta do ônibus  que Identificou tudo me devolvendo o recibo.  

Finalmente estava liberado pra ir pra fila dos sanitárias químicos. 

O clima era de uma grande festa no setor verde pra onde eu fui designado largar.  Um DJ animado dava as boas vindas a enorme multidão que, dada largada, caminhava em passos lentos, tamanha quantidade de corredores. 

Definitivamente, o cenário honra os elogios desta consagrada prova pela beleza e diversidade da natureza: praias, montanhas, monumentos, casarões e prédios históricos, estação das barcas. E isto temperado com a memória e os cheiros da infância aos vinte e poucos anos vividos por aquelas ruas, prédios e orla da zona sul do Rio de Janeiro.

Morávamos eu, mamãe e meus irmãos em Copacabana, no posto 6 e íamos pra escola pela praia além de, na adolescência, cruzávamos o túnel novo, do Lido a Botafogo trabalhando como office boy, entregando catálogos aos comerciantes locais. 

Dentro do túnel, muitos aproveitam para gritar palavras de incentivo e não tinha como me emocionar. Era um entusiasmo só daquela onda de corredores que trocaram uma cama quentinha por um sacrifício exaustivo aos músculos e articulações, depois de 5,5 km corridos, já na Avenida Princesa Isabel, prestes a cruzar o túnel. 

Aquelas canoas eram velhas conhecidas quando, fingindo ajudar os pescadores, lá pelos anos de 1965, ("diz que") ajudando a puxar a rede (sqn), ganhava algumas sardinhas, reforçando o almoço lá em casa. Como não registrar aqueles momentos?!

Crianças não sentem frio, ainda mais correndo e jogando bola na areia da praia.  Mas, na terceira infância, sim! Pra mim   a sensação térmica naquela manhã de agosto, no Jardim de Alah, era bem inferior aos 17° dos termômetros, o que diminuiu mais ainda na saída do túnel, já na praia do Flamengo, quando a chuva fina quis apertar.

Eu havia me preparado pra enfrentar um frio bem maior, levando a minha long jonh, lembrança do surf e, com o pace já perto dos 6, tirei o agasalho - já não sentia mais tanto frio. É que sou daqueles que entendem que, para uma corrida acima dos 5 km, em que terei que correr por um bom tempo, o primeiro quilômetro já serve como aquecimento, pelo que descarto o gasto de energia desnecessariamente.  Um alongamento me prepara tanto psicologicamente, quanto manda os estímulos necessários à prontidão muscular.

Deixei passar o primeiro posto dos sete de hidratação, pois havia pensado em pegar apenas três copinhos. A organização havia disposto 300 mil copos plásticos distribuídos durante o percurso em seus sete postos de hidratação com o estímulo do seu oferecimento pelo pessoal de apoio.

Já passando da metade da praia do Flamengo, e, ao fundo, a imagem turística, da baía se Guanabara, com o Pão de Açúcar despontando com o seu bondinho. Naquele ponto, próximo a metade da prova, dava pra sentir como foi importante cumprir todo o treino planejado, durante quatro meses.

Em frente ao comando da aeronáutica fizemos o retorno pro centro histórico sob aplausos e mais gritos estímulo por faltar apenas 3 km eu continuava me sentindo confortável no meu pace entre 6 e 7 o que me levou a refletir sobre a funcionalidade do método de treinamento progressivo, volume e intensidade do projeto Bora Correr. Nem ao menos o desconforto da câimbra no diafragma me assolou como em tantas outras.

Cruzei 




A Maratona do Rio de Janeiro. Corridas: o prazer pela longevidade (Episódio 04/2022)

A Maratona do Rio de Janeiro 

As inscrições para algumas corridas importantes para o calendário de corredores são altamente disputadas não só pela possibilidade de acumular resultados pra outras provas mais importantes ainda. 

Apesar doa distanteaes 42 km da Maratona do Rio de Janeiro, eu me vi preparado física e mentalmente, para a Meia Maratona Internacional, me preparando para o ano de 2023.

Mas, não perdi a oportunidade. E a medalha,  claro! Fiz a minha inscrição para os 10km, pela Appai, na modalidade virtual, no primeiro semestre de 2022. 

E isto foi mais um estranhamento para quem há muito não sabia o que era participar de uma prova tão importante quanto aquela. As instruções eram claras: datas e horários definidos, local e modo de enviar o resultado para a comprovação e possível validação.

Não encontrei dificuldade naquela corrida  pois, apenas repeti o mesmo circuito de treinamento que vinha utilizando desde o final de 2021: a orla da praia de Sepetiba. 

Tendo recebido o certificado, o resultado e a medalha virtual, refiz o meu plano de treino para a Meia Internacional, que ocorreria pouco tempo depois. 

O que eu não sabia é que viria um entregador aqui em casa para me entregar uma camiseta e a medalha de participação.