Algumas adaptações na minha história foi o mote para começar este episódio, sem precisar reeditar a diáspora do nosso povo judeu, os Roitberg, vindo dos Urais, na antiga Bielorrússia, no começo dos 1800.
Até mesmo porque para reconstruir a memória de parte daquela saga da fuga, em plena Revolução Bolchevique, por estratégia de sobrevivência, além das historiadoras e historiador de nossa família, Larissa, Nathalia e Guilherme Roitberg, contei com a tecnologia das árvores genealógicas virtuais e um fortuito acaso do destino por causa da necessidade de alterar uma pesquisa que estava fazendo no meu doutorado, em 2016.
Foi aí que aconteceu dos estudantes secundaristas ocuparem as escolas públicas e eu, doutorando em educação pela UFRuralRJ, me vi acampado numa escola, no Méier, bairro boêmio no subúrbio carioca, cozinhando para adolescentes, vivenciando diariamente sua rotina, em meio às suas demandas, enfrentamentos e vivência política, história que rendeu uma tese de mais ee 300 páginas escritas durante 4 anos.
Lá estava mais um Roitberg ocupando outro espaço, durante 3 meses, saindo, mais uma vez, da sua linha de conforto e, confesso, que isto me atrai.
Não foram poucas as ocupações, por estratégia de luta e resistência, das quais eu participei, desde a da Avenida Presidente Vargas, no histórico Comício pelas Diretas Já!, em 1988, antecedida pelo defesa do prédio da UNE, em 1985.
No anos de 1992, no movimento dos Caras Pintadas, na Rua das Laranjeiras; no Aterro do Flamengo, na Eco 92, até, mais outras vezes, no Centro do Rio, em 2018, contra o golpe político que retirou uma presidenta, democraticamente eleita, para o começo da instalação de um período atroz em nossa história recente, que durou 4 longos anos, já no século XXI.
Pode ser que o meu preparo físico para aquelas lutas de pautas sociais tenha sido forjado no espelhamento em meus irmãos maiores nas lutas estudantis, como também, no movimento contra o sedentarismo, nos anos de 1970, quando pessoas comuns, assim como eu, passamos a ocupar as ruas, de tênis, calção e camiseta para inaugurar uma modalidade esportiva "estranha " para os padrões de comportamento da época: as corridas de rua que, definitivamente, passaram a compor, como elemento comum, integrando o cenário das ruas de todo o Brasil, como a mais democrática e inclusiva prática esportiva em nosso país.
Em meio ao período da ditadura militar, com a supressão de direitos políticos e perseguição a quem se opunha ao regime, a conquista do tricampeonato na copa de 1970 e os demais eventos esportivos compunham o pacote de medidas populares, com o aval dos militares, pois, assim entendiam poder calar as manifestações, suprimir os protestos dos estudantes, o que não aconteceu de fato.
Não só o Brasil, como os demais países da América do Sul partilham lutas coletivas pela democracia e resistência ao avanço da direita ultraconservadora e do fascismo, como é o caso atual do Peru, onde, em meio ao enfretamento das forças policiais nas manifestações na capital, tradicionalmente, em Lima, ocorrem provas que atraem atletas de alto rendimento no mundo inteiro como a Maratona de Lima e a Halph Marathon, a Marathon des Sables, com seus monstruosos 120 km, em três etapas durante quatro dias, metade da original, que ocorre no deserto do Saara, com 240 km.
As primeiras maratonas são daquela época, nos anos de chumbo, e eu tive a sorte de fazer parte daquela história: a primeira prova de longa distância do Brasil, a Maratona Internacional do Rio de Janeiro, ocorreu em 1979, criada pela corredora Eleonora Mendonça, através da sua empresa, a Printer, com 120 atletas concluintes.
Em 1988, organizada pelo Jornal O Dia, por iniciativa do jornalista, advogado e atleta, José Inácio Werneck, diretor da prova participei daquele evento, agora, com o nome de Maratona do Rio, já com os meus 31 anos, casado, dando aulas todos os dias.
Sem nenhuma orientação profissional, contando, apenas, com o incentivo e apoio da família, completamente exausto, quase caminhando, consegui completar os 42,192 km em 4:58:28.
Acho que foi por volta do 38° km, o Monumento do Aterro parecia uma enorme tulipa com suco de laranja um prato com panquecas. Pena que era uma alucinação. Pura endorfina!
Um corredor solidário, me vendo trôpego, quase caindo, apoiou o meu braço até eu me reestabelecer e continuar aquele sacrifício.
Dois anos depois, já orientado por um colega, de educação física, em 1990, retornei àquela prova baixando o meu tempo para 4:13:37, 560° colocado entre 815, na minha categoria, à época. Me impressiona que, hoje, aos quase 66 anos, esteja com o pace bem perto daquela competição, considerando meu melhor rendimento nos 10 km!
Ainda era um tempo em que a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, a Federação de Esportes do Estado do Rio de Janeiro, e poucos patrocinadores quem organizava, com respeito aos atletas aquelas provas: não havia o mercado explorador representado pelas agências de eventos, as plataformas digitais - o mundo ainda era analógico! - como por exemplo, a agência Pódium, detentora de inúmeras reclamações o que só vim a saber, tempos depois.
O fato é que, apesar de eu já ter, por diversas vezes, reclamado com a organização da corrida, faltando apenas duas semanas para a prova e nada de informações sobre a retirada do kit, chip e número de peito, encontro no site responsável uma data para a sua realização: 26/02
Imediatamente fui ver se ainda haveria alguma acomodação no hostel onde eu ressevara um quarto com a desconfiança de que seria bastante improvável devido ao Carnaval.
É preciso ter paciência e pensar com calma antes de tomar alguma decisão é o que ouço do Dalai Lama. Foi assim que eu e minha companheira construímos nossa casa, plantamos árvores. Foi assim para colher os frutos, concluir nossas faculdades, conseguir ser um servidor público concursado, escrever um livro, alguns capítulos e projetos, publicar artigos científicos e apresentar em congressos, defender uma tese, tornar-me um doutor, me aposentar, ter o nosso filho... Mas tolerância tem limites !
Humano, demasiadamente humano, nossa espécie vem se adaptando, há cerca de 300.000 anos, antes do surgimento do homo sapiens, a um ambiente de condições adversas e extremas, totalmente inóspito ao nosso organismo: os gases ácidos somente eram possíveis de respirar a algumas bactérias .
Somente as mais fortes criaturas e organismos sobreviveram, diz a ciência. E, naquele território, terrivelmente perigoso, para uma criatura tão frágil, quem não corria pra caçar virava caça rapidamente. Por conseguinte, nossos ancestrais hominídeos eram exímios corredores, daí que desconfio da nossa herança comum na linhagem de corredores.
Nossa capacidade adaptativa garantiu nossa sobrevivência, entretanto fez-nos sedentários: nômades ficaram mais vulneráveis.
Além da questão da viagem e estada, em Angra dos Reis, precisaria decidir, rapidamente, outra estratégia de treinamento por causa das 4 semanas pela frente, além de que, no próximo final de semana, já estaria entrando no último mesociclo de meu treinamento para a Meia de Angra, que, em princípio, aconteceria no dia 12 e, agora, somente no dia 26!
Conversei com minha companheira e mandei uma mensagem pra Regina, nossa irmã baiana, moradora no Perequê, há 45 km de Paraty, há 47 minutos e 53 km do centro de Angra dos Reis, há quase uma hora, de carro.
Corredores somos criaturas adeptas de um esporte solitário, mas como todo ser humano, temos uma enorme atração pelo agrupamento por afinidades, o que nos garantiu a formação dos laços de pertencimento este é o caso daquela família, da nossa outra família com quem convivemos e compartilhamos muitas experiências quando deixamos nossas cidades de origem: Bahia e Rio de Janeiro.
Essa conquista para a nossa sociabilidade é resultado da nossa “cultura cumulativa”. Temos uma capacidade sem precedentes de formar relações próximas com todos os membros da nossa espécie, inclusive os que não pertencem à nossa família de sangue, de acordo com o cientista e arqueólogo Patrick Roberts, em entrevista à Revista Veja, em 2018.
Nós, aqui do Rio de Janeiro; eles, de Salvador, Bahia o que, já em princípio, nos irmanaria tamanho o carinho que baianos e cariocas sentem mutuamente: samba de roda, capoeira, maculelê; acarajé, pimenta, moqueca, feijoada, frutos do mar, peixada; carnaval, lavagem do Bonfim, festa de Yemanjá, umbanda e candomblé, o sincretismo religioso; a questão da escravidão e a resistência; o simbolismo do abadá e uma enorme paixão pela vida vivida intensamente. Caetano, Gil Daniela Mercury, Margareth Menezes e Preta Gil; Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Martinho da Vila. Tudo junto e misturado neste alegre e gostosa sinfonia de um arco-íris brilhante e multicultural.
Não demorou para que nossa irmã nos respondesse, fraternalmente, da Bahia, - onde estava - , estranhando o "pedido" : era só eu chegar, "de mala e cuia, levando Ana Paula e o José para aproveitar o passeio", o que não seria possível, pois já haveria começado as aulas do nosso menino.
Um dia depois, tratei de garantir a passagem para Angra dos Reis, direto no guichê da rodoviária de Campo Grande, pois os ônibus para Paraty - o que seria ideal! - somente partem de uma rodoviária muito distante de minha casa. Retirei apenas a passagem de ida, para o dia 24, pois, na ocasião não haviam sido liberadas as de volta pela empresa de ônibus. Uma semana depois, descobri que a passagem de volta somente é liberada depois do embarque, ou seja, somente chegando em Angra eu teria como adquirir a de volta! E isto em pleno Carnaval!
Com a passagem para Angra, chegando no final da tarde do dia 24, daria para retirar o meu kit com a antecedência de um dia, mas, somente no dia seguinte. Claro que ainda teria tempo suficiente para descansar para a prova no dia seguinte. Apenas deveria ficar atento ao outro dia, na madrugada do dia da prova - um domingo! - a fim de chegar com uma certa antecedência, o que é o ideal.
Equacionada parte da questão, passei a me concentrar nos aspectos técnicos da continuidade do treinamento. Pensei noutro coletivo, o Efusivos Runner. Telefonei para o Paulo, colega de trabalho e meu companheiro daquele grupo de corredores e lhe contei o que aconteceu pelo que me pediu falar com o Jonhy, o corredor mais veloz do nosso grupo e me perguntou se eu sabia quem ele era.
Claro que sabia: geralmente, cruzo com ele, quando eu ainda nem passei da metade de uma prova de longa distância. Ele já está voltando com um enorme sorriso no rosto jovial com umas passadas de velocista a dar inveja a qualquer avestruz.
O rapaz é referência em corridas da Appai, medalhista e reconhecido no meio dos corredores.
Compartilhei minha planilha de treino com ele, depois de contar o que aconteceu e ele me orientou a repetir as últimas semanas de treino, mantendo todo o planejamento semanal. Então, no primeiro longão destas quatro semanas a mais que eu "ganhei" da comissão de organização, prossegui repetindo os 15 km das semanas anteriores, pensando na manutenção do meu ritmo, o que, não só tenho conseguido, como consegui baixar o tempo.
Entendo necessária certa flexibilidade - aliás, em tudo na vida! - quando se trata de um treinamento que trabalha intensidade e volume, ou seja, aumento da distância corrida e da velocidade ideal, no meu caso, cerca de 10 km/h, ou, um ritmo de mais ou menos 6,0, conforme a tabela de paces.
Eu e minha esposa assim como Regina e sua família precisaram se adaptar a uma cidade bem diferente de nossas origens, entretanto, havia algo de familiar que nos levou àquele localidade no início do século. Talvez as lindas praias da região e, aliás, muito mais bonitas que as mais bonitas do Rio de Janeiro.
Foi necessário flexibilizar o meu planejamento de treinos e equacionar toda a logística em função da mudança no cronograma da prova. Mas, é claro que há situações em que se torna inviável qualquer forma de flexibilização.
Valores são inegociáveis assim como visão de mundo: direitos humanos, respeito às diferenças ultrapassam o marco regulatório social. Não faz o menor sentido, pra mim, dar bom dia aos homens que expõe, lamentavelmente, pássaros engaiolados, nos muros e galhos de árvores, para, não só atrair outras aves a serem aprisionados em alçapões, como, também "desenvolver" seu cantos, a fim de valorizá-los enquanto mercadoria. Um crime ambiental - a luz do dia, com todos vendo! - com pena prevista de multa e prisão.
Não conheço ninguém que tenha sido preso ou pagado alguma multa, pelo aprisionamento de pássaros!
Além do acaso, o Destino também prega umas peças. Mas, também, eu colho os frutos do que eu planto até mesmo por ignorância ou por acidente.
Cobras, gaviões, bois e vacas, lama para todo o lado, uma dilúvio de chuvas torrenciais cortadas por raios e trovões estrondosos, que pareciam tremer o solo, o que jamais poderíamos pensar naquela experiência e, claro, nunca fizeram parte da nossa rotina de cidadãos que vivíamos na metrópole, mas que tornaram-se frequente em nossas vidas, junto a novos hábitos adquiridos, como o andar de bicicleta e cuidar da terra e colher hortaliças e frutas diretamente da terra e, não, do sacolão. Esta era a nossa nova realidade no Perequê!
Dentre algumas estratégias adaptativas, por medida de segurança - "vai que um boi invadisse nossa casa!..." - decidimos plantar uma "cerca viva" junto aos mourões e arame farpado que cercavam nosso terreno quando ainda não havíamos construído um enorme muro de lajotas ao redor de toda a nossa área e, não sei de onde foi que eu tirei a ideia de fazer aquilo usando a própria vegetação.
"Amoras dão em árvore. Não são arbustos" foi o que aprendemos, na prática!
Não tinha nem dois metros de distância entre uma muda e outra da quantidade de mudas de amoras que plantamos em nossa volta naquele solo, de terra preta e adubada pela natureza. Região de alto índice pluvial, chovendo quase todo dia e alternando com o sol, não deu outro resultado com o passar do tempo.
Ao mesmo tempo em que construíamos nosso muro, notamos que estávamos ficando presos dentro de um terreno cercado por árvores que já estavam chegando aos dois metros. A quantidade de tortas de amoras que Ana fazia, não dava conta de tanto fruto, o que não resolveria aquele problema. Então, não tive o que fazer a não ser começar a tirar aquela floresta silvestre.
Ignorante, displicente com a segurança, pensando - e, pior, me orgulhando! - da minha autossuficiência, metido a aventureiro, eu mesmo podava os galhos de nossas árvores e não haveria de ser diferente com aquelas amoreiras
Cortei grande parte deixando algumas dentro de nosso terreno, mas, quis o Destino, aproveitando as brechas da minha síndrome de Tarzan, de me dar um tapa na cara. Há quase 3 metros de altura, sem cinto de segurança e nenhum outro equipamento de proteção necessário para aquela perigosa empreitada, preso, apenas, com uma corda no tronco, me vi, no chão, sendo acordado por minha esposa, olhando o seu rosto e o céu atrás dela.
Eu não estava morto! Mas, a chicotada do galho flexível, ao ser cortado pela lâmina da minha serra, ao bater no meu rosto, fraturou um dos ossos do mr rosto e me jogou daquela altura. Ainda bem que caí na terra e ainda tive como uivar alguma coisa que soou como socorro para minha esposa que estava dentro de casa. Ainda bem!
Claro que depois daquele acidente passei a tomar mais cuidado com a minha integridade, apesar de que ainda repetiria o mesmo erro por mais duas vezes na vida e, mais uma vez, Deus foi benéfico comigo, assim como é com as crianças, com os loucos e com os ignorantes.
Até mesmo a flexibilidade tem seus limites e eu nunca fui do tipo atleta de grande flexibilidade muscular o que descobri enquanto praticante do Taekwondo, milenar arte marcial coreana. Mas sempre fui muito ágil e de uma certa força necessária para aquele esporte.
Confesso uma predileção pela natação, na medida em que deixei de lutar, mas, que, até hoje, me esforço pra mergulhar na piscina do complexo esportivo da Vila Olímpica para relaxar a musculatura. A satisfação é inigualável e imediata para o restante do dia!
Com o avançar da idade e a perda de colágeno minhas articulações requerem um cuidado bem maior do que quando jovem, assim como toda a minha musculatura e, daí não descuido das sessões diárias de alongamento e automassagem. Idosos adultos como eu precisamos negociar com o corpo para minimizar a cobrança impiedosa do passar dos anos.
Encerrando mais um mesociclo de treinamento, com o mote que iniciou este episódio, senti uma enorme necessidade de definitivamente repaginar este blog, inaugurado em agosto de 2008, até então destinado a disponibilizar textos literários e propor atividades didáticas às minhas turmas.
12 anos de publicações ininterruptas, depois da primeira postagem em 2008, a partir de agosto de 2022, o blog veio se transformando no meu diário e bloco de notas para textos autorais, de cunho filosófico-literário mesclado com o ativismo da luta social, contra a discriminação e preconceitos, resistência, defesa pelos direitos humanos, inclusão social, manutenção do estado democrático de direito, até que, finalmente, logo após o isolamento social devido à pandemia do Coronavírus, ao retornar às corridas de rua, iniciei o meu diário.
Assim, a partir de agora, não descartando outras mudanças que venham a ocorrer, tendo alterado o nome, - Corro, logo existo! - , orientação e destinação deste blog, a partir da leitura das obras dois escritores, minhas atuais referências e inspirações, o Doutor Drauzio Varella e o filósofo e ultramaratonista Haruki Murakani, tomei como incentivo e motivação para escrever alguns episódios a serem utilizados num podcast a ser produzido junto a um vídeo.
Ao mesmo tempo em que não achei conveniente manter o primeiro título assim como a mensagem descritiva deste meu bloco de anotações virtual, também não encontrei motivo algum para criar um novo blog, tanto em respeito aos 39 leitores assinantes e colaboradores, assim como as mais de 21.000 visualizações até o momento, com mais de 100 leituras neste mês de janeiro, quando fecho o rascunho de cada ciclo entre os mesociclos do meu programa de treino.
Cada corrida de domingo, - o "longão" a partir de 10 km de final de semana é utilizado para pensar e dialogar com os meus pensamentos sobre a temática semanal, devido ao volume de treino, acima de 1 hora.
Jamais como aconselhamento ou cartilha de "faça isto!" ou "faça aquilo!", "evite!"! , pois cada experiência é íntima, de ordem pessoal, subjetiva, pretendo, em cada série de episódios, definidos por temáticas específicas, a partir de minha leitura e orientações recebidas a partir de consultas a alguns profissionais - da área dos esportes, da nutrição, da ortopedia e da medicina, - comentar e analisar o rendimento de minha rotina de treinamento através de minhas reflexões subjetivas e filosóficas.
Por fim, a proposta é escrever - do meu ponto de vista! -, sobre o que entendo por práticas saudáveis e minhas experiências de corredor, professor, trabalhador, estudante, servidor público, ativista e militante, social democrata e antifascista, marido e pai de uma criança de 4 anos, torcedor pelo Fluminense e pela Escola de Samba Unidos da Portela.
Escrever, principalmente, sobre as corridas de rua, provas de longa distância, maratonas, com o prazer da vida vivida com intensidade, paixões e alegrias, surpresas e encantamentos!
Pode ser que o meu filho, no futuro, agradeça este meu empenho em deixar um registro do meu delicioso esforço em direção à longevidade, negociando com o tempo para não deixar de brincar com esta criança, que me põe pra correr no quintal e em volta da casa, subindo nas minhas costas quando faço flexões, fugindo de seus ataques com a bomba ninja, jogando bola na praia, além de estar com a família, e amigos, sem descuidar dos meus momentos de intimidade comigo mesmo. Só por hoje!
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